quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Formação do Mundo Cerebral

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 9 - Evolução e Cérebro

Neste trecho vemos que a formação do cérebro iniciou-se nos invertebrados como uma massa de células nervosas, que foi evoluindo e se expandindo nos vertebrados. O cérebro foi se desenvolvendo nos diferentes grupos evolutivos (peixes, anfíbios e répteis) adquirindo estruturas que permitiam seu aperfeiçoamento. Nos répteis surgem os rudimentos da glândula pineal (também chamada de epífise) que está intimamente ligada ao centro coronário, que com o processo evolutivo, determina os mecanismos de reflexão e pensamento, da meditação e do discernimento, assim como, da mediunidade.

"No regaço do tempo, os Arquitetos Divinos auxiliam a consciência fragmentária(1) na construção do cérebro, o maravilhoso ninho da mente, necessitada de mais ampla exteriorização.
A massa de células nervosas que precede a formação do mundo cerebral, nos invertebrados, dá lugar à invaginação(2) do ectoderma(3) nos vertebrados, constituindo-se, lentamente, a vesícula anterior ou prosencéfalo(4), a vesícula média ou mesencéfalo(5) e a vesícula posterior ou rombencéfalo(6).
Nos peixes, os hemisférios cerebrais(7) mostram-se ainda muito reduzidos, nos anfíbios denotam desenvolvimento encorajador e nos répteis avançam em progresso mais vasto, configurando já, com alguma perfeição, o aqueduto de Sylvius(8), aprimorando-se, com mais segurança, em semelhante fase, na forma espiritual, o centro coronário(9) do psicossoma futuro, a refletir-se na glândula pineal(10), já razoavelmente plasmada em alguns lacertídeos(11), qual o rincocéfalo(12) da Nova Zelândia, em que a epífise embrionária se prolonga até à região parietal(13), aí assumindo a feição de um olho com implementos característicos.
Zoólogos respeitáveis consideram o mencionado aparelho como sendo um globo ocular abandonado pela Natureza; contudo, é aí que a epífise começa a consolidar-se, por fulcro energético de sensações sutis para a tradução e seleção dos estados mentais diversos, nos mecanismos da reflexão e do pensamento, da meditação e do discernimento, prenunciando as operações da mediunidade, consciente ou inconsciente, pelas quais Espíritos encarnados e desencarnados se consorciam, uns com os outros, na mesma faixa de vibrações, para as grandes criações da Ciência e da Religião, da Cultura e da Arte, na jornada ascensional para Deus, quando não seja nas associações psíquicas de espécie inferior ou de natureza vulgar, em que as almas prisioneiras da provação ou da sombra se retratam reciprocamente."

1. Consciência Fragmentária: consciência intermitente ou descontínua, própria dos animais inferiores.
2. Invaginação: desdobramento, para a região interna, do tecido embrionário (ectoderma).
3. Ectoderma: camada externa do embrião animal a partir do qual se formarão o tecido nervoso, a epiderme e seus derivados, tais como as glândulas cutâneas, pelos, etc.
4. Prosencéfalo: porção anterior do cérebro.
5. Mesencéfalo: porção mediana do cérebro.
6. Rombencéfalo: porção posterior do cérebro.
7. Hemisfério Cerebral: cada uma das duas metades em que o cérebro está dividido por uma fenda longitudinal.
8. Aqueduto de Sylvius: um canal que liga o terceiro e quarto ventrículos cerebrais, sendo ventrículo as quatro cavidades no âmago do cérebro.
9. Centro Coronário: chacra ou centro de força vital, no perispírito, relacionado com a glândula pineal, no corpo físico; supervisiona todos os demais chacras, porque recebe os estímulos do espírito em primeiro lugar .
10. Glândula Pineal: corpúsculo oval situado no centro do cérebro e que secreta a melatonina. Tem papel regulador na função sexual e reprodutiva. É também conhecida como epífise.
11. Lacertídeo: designação dos animais pertencentes ao grupo dos sáurios (lagartos).
12. Rincocéfalo: grupos de répteis fósseis, com uma espécie existente na Nova Zelândia, a tuatara, e que têm corpo escamado granuloso, costelas abdominais, possuindo um olho vestigial no alto da cabeça, o olho pineal, ligado à glândula pineal.
13. Parietal: referente ao lobo parietal, situado na parte superior central da cabeça.
(Fonte: Mesquita, J.M. 1984. Elucidário do Livro Evolução em Dois Mundos).

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