sábado, 18 de julho de 2015

Princípios Inteligentes Rudimentares

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 5 - Células e Corpo Espiritual

Neste trecho André Luiz nos explica que as células de nosso organismo são seres independentes que se apresentam domesticados e se agrupam de acordo com a função que exercem nos diferentes tecidos do corpo. O espírito, através do centro coronário, comanda o pensamento que permite a ação organizada das células.

As células se apresentam como princípios inteligentes rudimentares comandadas por um princípio inteligente em estágio mais avançado, como nos animais superiores e no ser humano.
"Com o transcurso dos evos, surpreendemos as células como princípios inteligentes de feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais superiores e nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no corpo espiritual, em modulações vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo.
Animálculos(1) infinitesimais, que se revelam domesticados e ordeiros na colmeia orgânica, assumem formas diferentes, segundo a posição dos indivíduos e a natureza dos tecidos em que se agrupam, obedecendo ao pensamento simples ou complexo que lhes comanda a existência.
São cenositos(2) ou microrganismos que podem viver livremente, como autositos(3), ou como parasitos(4); sincícios(5) ou massa de células que se fundem para a execução de atividade particular, como, por exemplo, na musculatura cardíaca ou na camada epitelial que compõe a parte externa da placenta, com ação histolítica(6) sobre a estrutura da organização materna; células anastomosadas(7), como as que se coordenam na formação dos tecidos conjuntivos; células em grupos coloniais, com movimentos perfeitamente coordenados, quais as que se mostram nos volvocídeos(8); células com matriz intersticial(9), que elaboram substâncias imprescindíveis à conservação da vida na província corpórea, e as células que podem diversificar-se, constituindo-se elementos livres, como na preparação dos glóbulos da corrente sanguínea.
Articulam-se em múltiplas formas, adaptando-se às funções que lhes competem no veículo de manifestação da criatura que temporariamente as segrega, à maneira de peças eletromagnéticas inteligentes, em máquina eletromagnética superinteligente, atendendo com precisão matemática aos apelos da mente, assemelhando-se, de certo modo, no organismo, aos milhões de átomos que constituem harmonicamente as cordas de um piano, acionadas pelos martelos minúsculos dos nervos, ao impacto das teclas que podemos simbolizar nos fulcros(10) energéticos do córtice encefálico(11), movimentado e controlado pelo Espírito, através do centro coronário(12) que sustenta a conjunção da vida mental com a forma organizada em que ela própria se expressa."

1. Animálculo: animal microscópico.
2. Cenosito: animal que vive associado a outro organismo, compartilhando do mesmo alimento, sem ser caracterizado verdadeiramente como parasito. Ex.: a rêmora, que se prende ao corpo do tubarão por ventosas e aproveita seus restos alimentares.
3. Autosito: Diz-se de ou o gêmeo maior ou mais desenvolvido que fornece a alimentação para o feto menos desenvolvido, isto é, o parasita.
4. Parasito: organismo que retira seus alimentos de outro organismo, ao qual acarreta prejuízo, podendo até causar-lhe a morte em situações muito graves.
5. Sincício: massa de protoplasma com muitos núcleos e sem divisão em células. Ex.: músculo cardíaco.
6. Histolítico: relativo a histólise, isto é, destruição ou dissolução de tecidos orgânicos.
7. Anastomosado: ligado por anastomose, que é a união entre dois órgãos semelhantes, como dois vasos, dois nervos, etc.
8. Volvocídeo: grupo de seres unicelulares flagelados (possuem órgãos locomotores denominados flagelos). Tem forma esferoidal ou fusiforme. Constitui o primeiro passo para a formação dos tecidos organizados, na evolução dos seres vivos.
9. Intersticial: que ocupa os interstícios, isto é, pequenos espaços situados entre as células.
10. Fulcro: ponto ou base de sustentação; pivô de rotação.
11. Córtice (córtex) Encefálico: O córtex cerebral corresponde à camada mais externa do cérebro dos vertebrados, sendo rico em neurônios e o local do processamento neuronal mais sofisticado e distinto. Desempenha papel central em funções complexas do cérebro como na memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento.
12. Centro Coronário (Chacra Coronário): centro de força vital, no perispírito, relacionado com a epífise (glândula pineal), no corpo físico; supervisiona todos os demais centros de força vital, porque recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito.
(Fonte: Mesquita, J.M. 1984. Elucidário do Livro Evolução em Dois Mundos/Wikipédia/Dicionário Michaelis).

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