quinta-feira, 9 de julho de 2015

Dos Artrópodos Aos Dromatérios e Anfitérios

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 3 - Evolução e Corpo Espiritual

Neste trecho, André Luiz discorre sobre a evolução dos seres vivos sobre a Terra, destacando a importância deste processo para o aprimoramento da mônada, que passa pelas variadas espécies, onde adquire variadas formas de expressão. Neste processo evolutivo vai adquirindo características necessárias para alcançar o reino hominal.

Observar que muitas das espécies citadas existiram durante os primórdios da formação da vida no planeta, não existindo mais, mas permitiram a fixação das espécies existentes atualmente. E que nos tempos atuais este processo evolutivo das mônadas continua operando incessantemente, permitindo que novas mônadas ingressem nas fileiras do aprendizado e progresso.
"Mais tarde, assinalamos o ingresso da mônada, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodos(1), de exosqueleto quitinoso, cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, em cujo sangue — condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência no império da alma — detém a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco inalienável das individuações do espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso incessante da Criação Divina.
Das cristalizações atômicas e dos minerais, dos vírus e do protoplasma, das bactérias e das amebas, das algas e dos vegetais do período pré-câmbrico(2) aos fetos(3) e às licopodiáceas(4), aos trilobites(5) e cistídeos(6) aos cefalópodes(7), foraminíferos(8) e radiolários(9) dos terrenos silurianos, o princípio espiritual atingiu espongiários(10) e celenterados(11) da era paleozoica, esboçando a estrutura esquelética.
Avançando pelos equinodermos(12) e crustáceos(13), entre os quais ensaiou, durante milênios, o sistema vascular e o sistema nervoso, caminhou na direção dos ganoides(14) e teleósteos(15), arquegossauros(16) e labirintodontes(17) para culminar nos grandes lacertinos(18) e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios(19), no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos, procedentes dos répteis teromorfos(20).
Viajando sempre, adquire entre os dromatérios(21) e anfitérios(22) os rudimentos das reações psicológicas superiores, incorporando as conquistas do instinto e da inteligência."

1. Artrópode: grupo de animais com extremidades articuladas e um esqueleto externo formado por uma substância córnea (semelhante a do chifre); o corpo é segmentado, geralmente subdividido em cabeça, tórax e abdome. Ex.: caranguejo, aranha, lacraia e barata.
2. Pré-câmbrico: pré-cambriano, relativo ao período em que surgem os primeiros sinais de vida rudimentar na Terra.
3. Feto: classe de pteridófitos que abrange fetos, samambaias e avencas.
4. Licopodiácea: designação das plantas providas de folhas diminutas, parecendo escamosas, e sem flores, sendo representadas pelas ervas rasteiras (licopódios).
5. Trilobite: grupo extinto de artrópodes que viveram na era paleozoica, os quais tinham o corpo longitudinalmente trilobado, ou seja, com três lóbulos.
6. Cistídeo: grupo primitivo e extinto de animais equinodermos, fósseis restritos ao período siluriano. Os equinodermos são invertebrados marinhos de simetria radiada, como as estrelas-do-mar.
7. Cefalópode: animal marinho que apresenta corpo com uma concha externa, interna ou ausente; tem cabeça grande, com olhos desenvolvidos, rodeada de tentáculos. Ex.: polvos e lulas.
8. Foraminífero: animal unicelular rizópode (prolongamentos semelhantes a raízes) com corpo dentro de uma carapaça contendo uma ou mais câmaras, com uma ou várias aberturas. A maior parte do grupo é constituída por animais marinhos, importantes indicadores de petróleo.
9. Radiolário: animal protozoário, geralmente esférico, com órgãos de locomoção de forma irradiada, o protoplasma dividido em duas porções, interna e externa, esqueleto com espinhos radiados, e é marinho.
10. Espongiário: animal conhecido como esponja, marinho ou de água doce, cujo corpo é provido de numerosos poros, câmaras e canais pelos quais entra e sai a água.
11. Celenterado: animal marinho, cujo corpo é simples saco que forma o aparelho digestivo e se comunica com o exterior por um orifício que serve de boca e de ânus, a cujo grupo pertencem os pólipos, medusas e corais.
12. Equinodermo: animal do grupo que compreende os invertebrados exclusivamente marinhos de simetria radial. São as estrelas-do-mar e os ouriços-do-mar.
13. Crustáceo: animal de esqueleto externo e respiração por brânquias, de cujo grupo a maior parte é aquática. Ex.: o caranguejo, o camarão e a lagosta.
14. Ganoide: grupo de peixes providos de escamas romboides, formadas por uma camada de osso, com ganoína, que é uma substância semelhante ao esmalte dos dentes. A forma romboide é a do quadrilátero com lados opostos paralelos (paralelogramo) e lados contíguos diferentes, formando ângulos retos.
15. Teleósteo: grupo de peixes com barbatanas (nadadeiras) constituídas de raios, ao qual pertencem os peixes de esqueleto ósseo.
16. Arquegossauro: designação de um sáurio (lagarto) primitivo, réptil extinto, bípede, que precedeu as aves primitivas.
17. Labirintodonte: nome genérico de anfíbios fósseis, cuja dentina (marfim dos dentes) apresenta forma rugosa e complicada de sua superfície.
18. Lacertino: animal com características de lagarto.
19. Pterossáurio: réptil fóssil voador e marinho, que viveu do período triássico ao período cretáceo.
20. Teromorfo: grupo de réptil do período permiano, com vértebras bicôncavas, membros locomotores com cinco dedos, arcos peitorais e pélvicos bem desenvolvidos, nos quais os elementos estão fundidos ou articulados unidos, o crânio com osso quadrado, e os ossos da região temporal formando um arcada larga única.
21. Dromatério: réptil que melhor floresceu no triássico, período que se caracteriza pela presença de grandes sáurios (lagartos) aquáticos e terrestres; esse réptil desapareceu com o advento dos dinossauros carnívoros, e pode ser o último ancestral da maioria dos grupos mamíferos.
22. Anfitério: designação de mamíferos sem placenta, primitivos, cuja importância no terreno da evolução é grande por serem considerados a possível fonte dos marsupiais, cujas fêmeas possuem bolsa formada pela pele do abdome, e dos placentários (mamíferos com placentas).
(Fonte: Mesquita, J.M. 1984. Elucidário do Livro Evolução em Dois Mundos).

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