quarta-feira, 13 de maio de 2015

Maternidade 4

Entre a Terra e o Céu - Cap. 30

Continuação dos três posts anteriores, em que Clarêncio esclarece sobre a influência que o espírito do feto exerce sobre a mãe. No caso em estudo, a personagem Zulmira está grávida e Júlio é o espírito que se desenvolve em seu ventre. Júlio apresenta em seu perispírito grave enfermidade na região da garganta, em função de suicídio cometido em outra encarnação (ingeriu veneno). Durante a gravidez, Zulmira foi acometida de forte amigdalite em decorrência da influência de Júlio sobre ela.
"– Temos, contudo, os casos – ponderei, curioso – em que na ribalta do mundo vemos filhas que foram evidentemente fortes desafetos das mães em passado remoto ou próximo, tal a animosidade que lhes caracteriza as relações. Reparamos que, em tais ocorrências, as filhas são muito mais afins com os pais, vivendo psiquicamente em harmoniosa associação com eles e distanciadas espiritualmente das mãezinhas que, por vezes, tudo fazem debalde para quebrar as barreiras de separação. Em ligações dessa natureza, surgirão obstáculos à reencarnação?
Clarêncio fitou-me de maneira significativa e respondeu:
– De modo algum. A esposa, por devotamento ao companheiro, cede facilmente à necessidade da alma que volta ao reduto doméstico para fins regeneradores e, em se tratando de alguém com intensa afinidade junto ao chefe do lar, vê-se o marido docemente impulsionado a oferecer maior coeficiente afetivo à companheira, de vez que se sente envolvido por forças duplas de atração. Sob dobrada carga de simpatia, dá muito mais de si mesmo em atenção e carinho, facilitando a tarefa maternal da mulher."

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