domingo, 17 de maio de 2015

Desencarnação na Infância 3

Entre a Terra e o Céu - Cap. 10

Continuação do post anterior, em que Blandina e Clarêncio esclarecem sobre a importância dos cuidados maternos na evolução dos espíritos que lhe são confiados como filhos.
"– Mas a Lei não traçará princípios inamovíveis? Pretenderá a irmã dizer que uma criança pode desencarnar, fora do dia indicado para a sua libertação?
– Sim, sem dúvida – atalhou o Ministro, que nos escutava –, há um programa estruturado na Espiritualidade para as nossas tarefas humanas; entretanto, pertence-nos a condução dos próprios impulsos dentro delas. Em regra geral, multidões de criaturas cedo se afastam do veículo carnal, atendendo a serviços de socorro e sublimação, mas, em numerosas circunstâncias a negligência e a irreflexão dos pais são responsáveis pelo fracasso dos filhinhos.
– Aqui – explicou Blandina, delicada – recebemos muitas solicitações de assistência, a benefício de pequeninos ameaçados de frustração. Temos irmãs que por nutrirem pensamentos infelizes envenenam o leite materno, comprometendo a estabilidade orgânica dos recém-natos. Vemos casais que, através de rixas incessantes, projetam raios magnéticos de natureza mortal sobre os filhinhos tenros, arruinando-lhes a saúde, e encontramos mulheres invigilantes que confiam o lar a pessoas ainda animalizadas, que, à cata de satisfações doentias, não se envergonham de ministrar hipnóticos a entezinhos frágeis, que reclamam desvelado carinho... Em algumas ocasiões, conseguimos restabelecer a harmonia, com a recuperação desejável; no entanto, muitas vezes somos constrangidas a assistir ao malogro de nossos melhores propósitos."

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