segunda-feira, 18 de maio de 2015

Desencarnação na Infância 4

Entre a Terra e o Céu - Cap. 10

Clarêncio e Blandina explicam as causas de graves enfermidades que acometem as crianças.
"– Usando semelhantes apontamentos, podemos entender com mais segurança, os processos dolorosos das enfermidades congênitas e das moléstias insidiosas que assaltam a meninice no mundo. Sempre fui possuído de aflitivo assombro, à frente do mongolismo e da epilepsia, da encefalite letárgica e da meningite, da lepra e do câncer, na tenra organização infantil.
– E que dizer dos desastres irremediáveis – considerou Hilário, com emoção –, dos desastres que arrebatam adoráveis flores do lar, deixando inconsoláveis pais e mães? Por vezes numerosas, procurei resposta às terríveis inquirições que nos atormentam, perante corpinhos dilacerados, nos hospitais de sangue, sem conseguir ausentar-me do escuro labirinto.
– Sim – esclareceu a enfermeira, bondosa –, as reparações nos martirizam na carne, mas, sem elas, não atingiríamos o próprio reajustamento.
– Cada qual de nós renasce na Terra – apreciou o Ministro – a exprimir na matéria densa o patrimônio de bens ou males que incorporamos aos tecidos sutis da alma. A patogenia, na essência, envolve estudos que remontam ao corpo espiritual, para que não seja um quadro de conclusões falhas ou de todo irreais. Voltando à Terra, atraímos os acontecimentos agradáveis ou desagradáveis, segundo os títulos de trabalho que já conquistamos ou conforme as nossas necessidades de redenção.
Bem humorado, acentuou:
– A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo-nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial."

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