segunda-feira, 11 de maio de 2015

Maternidade 2

Entre a Terra e o Céu - Cap. 30

Continuação do post anterior, em que Clarêncio esclarece sobre a influência que o espírito do feto exerce sobre a mãe. No caso em estudo, a personagem Zulmira está grávida e Júlio é o espírito que se desenvolve em seu ventre. Júlio apresenta em seu perispírito grave enfermidade na região da garganta, em função de suicídio cometido em outra encarnação (ingeriu veneno). Durante a gravidez, Zulmira foi acometida de forte amigdalite em decorrência da influência de Júlio sobre ela.
"– Se Zulmira atua, de maneira decisiva, na formação do novo veículo do menino, o menino atua vigorosamente nela, estabelecendo fenômenos perturbadores em sua constituição de mulher. A permuta de impressões entre ambos é inevitável e os padecimentos que Júlio trazia na garganta foram impressos na mente maternal, que os reproduz no corpo em que se manifesta. A corrente de troca entre mãe e filho não se circunscreve à alimentação de natureza material; estende-se ao intercâmbio constante das sensações diversas. Os pensamentos de Zulmira guardam imensa força sobre Júlio, tanto quanto os de Júlio revelam expressivo poder sobre a nova mãezinha. As mentes de um e de outro como que se justapõem, mantendo-se em permanente comunhão, até que a Natureza complete o serviço que lhe cabe no tempo. De semelhante associação, procedem os chamados “sinais de nascença”. Certos estados íntimos da mulher alcançam, de algum modo, o princípio fetal, marcando-o para a existência inteira. É que o trabalho da maternidade assemelha-se a delicado processo de modelagem, requisitando, por isso, muita cautela e harmonia para que a tarefa seja perfeita."

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