quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Evolução Morfológica e Moral

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 11 - Existência da Alma

Assim como o organismo físico do homem primitivo evoluía, paralelamente ocorria também sua evolução moral. Ao expandir o pensamento, amplia a imaginação, que lhe facilita a mentalização e o desprendimento do corpo espiritual, com as células espirituais se automatizando no processo de emancipação parcial durante o sono físico. Apesar de ainda guardar a herança dos diferentes estágios pelos quais passou no processo evolutivo, que o inclina a viver no reino animal, a evolução lhe desponta novos enfoques à sua existência.
"A evolução morfológica prosseguiu, emparelhando-se com a evolução moral.
O crânio avançou, com vagar, no rumo de aprimoramento maior, os braços refinavam-se, as mãos adquiriam excelência táctil não sonhada, e os sentidos, todos eles, progrediam em acrisolamento e percepção.
Todavia, com o advento da responsabilidade que o separara da orientação direta dos benfeitores da vida maior, entregou-se o homem a múltiplos tentames de progresso no campo do espírito.
No regime interior de livre indagação, conferia asas audaciosas ao pensamento, e, com isso, mais se lhe acentuava o poder de imaginar, facilitando-se-lhe a mentalização e o desprendimento do corpo espiritual, cujas células em conexão com as células do corpo físico se automatizavam assim, na emancipação parcial, através do sono, para acesso da alma a ensinamentos de estrutura superior.
Guarda a criatura humana, então, consigo, na tessitura dos próprios órgãos, a herança dos milhões de estágios diferentes, nos reinos inferiores, e, no fundo, sente-se inclinada a viver no plano dos outros mamíferos que lhe respiram a vizinhança, com o instinto absoluto dominando sem restrições; no entanto, com a evolução irreversível, o amor agigantou-se-lhe no ser, sugerindo-lhe novas disposições à própria existência."

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