quarta-feira, 22 de julho de 2015

Efeitos do Automatismo

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 5 - Células e Corpo Espiritual

Aqui André Luiz nos esclarece que ao se realizar uma cultura artificial de tecidos orgânicos, as células continuam vivas e crescendo, desde que se ofereça as condições minimas para sobrevivência destas células. Mas elas crescerão em um padrão diferente ao crescimento observado no organismo vivo, podendo deixar de apresentar as características de células especializadas de tecidos ou órgãos e assumindo características gerais, como uma ameba(1). Isto ocorre porque quando estão no organismo atendem ao comando do espírito que coordena as atividades e quando em cultura artificial se comportam como células livres agindo sob seus próprios impulsos.
"Perfeitamente compreensíveis, nessa base, os estudos científicos que reconhecem os agrupamentos colaboracionistas das células especializadas, através da cultura artificial dos tecidos orgânicos, em que um fragmento qualquer desses mesmos tecidos, seja da epiderme ou do cérebro, permanece vivo, por muito tempo, quando mergulhado em soro que, cuidadosamente imunizado e mantido na temperatura correspondente à do corpo físico, acusa uma vida intensa. Decorridas algumas horas, os produtos de excreta(2) intoxicam o soro, impedindo o desenvolvimento celular; mas, se o líquido for renovado, continuam as células a crescer no mesmo ritmo de movimento e expansão que lhes marca a atividade no edifício corpóreo.
Todavia, fora do governo mental que as dirigia, não se revelam iguais às suas irmãs em função orgânica.
As células nervosas, por exemplo, com as suas fibrilas especiais, não produzem células com fibrilas análogas, e as que atendem nos músculos aos serviços da contração se desdiferenciam(3), regredindo ao tipo conjuntivo(4).
Todas as que se ausentam do conjunto estrutural do tecido inclinam-se para a apresentação morfológica da ameba, segundo observações cientificamente provadas.
Isso ocorre porque as células, quando ajustadas ao ambiente orgânico, demonstram o comportamento natural do operário mobilizado em serviço, sob as ordens da Inteligência, comunicando-se umas com as outras sob o influxo espiritual que lhes mantém a coesão, e procedem no soro quais amebas em liberdade para satisfazer aos próprios impulsos."
1. Ameba: animal protozoário, unicelular (uma só célula), microscópico, que se locomove por meio de pseudópodes, que são prolongamentos plasmáticos muito variáveis que servem como órgãos táteis, locomotores e para a captura de alimento.
2. Excreta: excreção, matéria expelida como resíduo inútil.
3. Desdiferenciar: causar perda de capacidade no processo de especialização das células para o desempenho de determinadas funções no organismo, processo esse denominado diferenciação celular.
4. Tecido Conjuntivo: tecido formado pelos agrupamentos celulares que têm como principal característica apresentar uma grande quantidade de material celular, de vez que as células constitutivas desse tecido secretam uma grande variedade de substância, que se acumulam nos espaços intercelulares. Como esse material intercelular é rico em fibras, a função primordial do tecido conjuntivo é a de preencher os espaços entre os outros tecidos orgânicos e sustentá-los.
(Fonte: Mesquita, J.M. 1984. Elucidário do Livro Evolução em Dois Mundos).

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