sábado, 13 de agosto de 2016

Sustento do Princípio Inteligente

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 14 - Simbiose Espiritual

O princípio inteligente, durante o processo de evolução e progresso através da reencarnações no planeta, vivenciou variadas formas de obtenção dos alimentos necessários à manutenção constante de suas células. Experienciou diferentes estágios evolutivos, tais como, a fotossíntese nas plantas, a quimiossíntese nas bactérias e a biossíntese nos animais.
"O princípio inteligente, que exercitara a projeção de impulsos mentais fragmentários para nutrir-se durante largas eras, alçado ao plano espiritual, na condição de consciência humana desencarnada, começa a plasmar novos meios de exteriorização, em favor do sustento próprio.
No mundo das plantas, com o parênquima clorofiliano, aprendeu a decifrar os segredos da fotossíntese, absorvendo energia luminosa para elaborar as matérias orgânicas e lançando de si os gases essenciais que contribuem para o equilíbrio da atmosfera.
No domínio de certas bactérias, inteirou-se dos processos da quimiossíntese, aproveitando a energia química haurida na oxidação de corpos minerais.
Entre os seres superiores, consagrou-se à biossíntese, em novo câmbio de substâncias nos vários períodos da experiência física, para garantir a segurança própria, sob o ponto de vista material e energético.
Habituado aos fenômenos do anabolismo, na incorporação dos elementos de que se nutre, e do catabolismo, na desassimilação respectiva, automatiza-se-lhe a existência, em metamorfose contínua das forças que lhe alcançam a máquina fisiológica, por meio dos alimentos necessários à restauração constante das células e ao equilíbrio dos reguladores orgânicos."

sábado, 30 de julho de 2016

Plasma Criador da Mente

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos


O poder criador da mente humana em permuta com o meio espiritual, permite que inovadores pensamentos de progresso inspirem o homem na sua marcha evolutiva. Os ideais da religião, da arte, da educação, da ciência fluem das esferas sublimes e impressionam a mente do homem, permitindo renovação do corpo espiritual, que consequentemente, reflete-se no corpo físico, transformando-o.

"É pelo fluido mental com qualidades magnéticas de indução que o progresso se faz notavelmente acelerado.
Pela troca dos pensamentos de cultura e beleza, em dinâmica expansão, os grandes princípios da Religião e da Ciência, da Virtude e da Educação, da Indústria e da Arte descem das esferas sublimes e impressionam a mente do homem, traçando-lhe profunda renovação ao corpo espiritual, a refletir-se no veículo físico que, gradativamente, se acomoda a novos hábitos.
Épocas imensas despendera o princípio inteligente para edificar os prodígios da sensação e do automatismo, do instinto e da inteligência rudimentar; entretanto, com a difusão do plasma criador oriundo da mente, em circuitos contínuos, consolida-se a reflexão avançada entre o Céu e a Terra, e os fluidos mentais ou pensamentos atuantes, no reino da alma, imprimem radicais transformações no veículo fisiopsicossomático, associando e desassociando civilizações numerosas para construí-las de novo, em que o homem, herdeiro da animalidade instintiva, continua, até hoje, no trabalho progressivo de sua própria elevação aos verdadeiros atributos da Humanidade."

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Inteligência Artesanal

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos

Através das incessantes informações enviadas pela espiritualidade ao homem primitivo (por meio da permuta de ideias entre as esferas física e extrafísica), este inicia o aprimoramento de sua inteligência, que mesmo incipiente, o permite desenvolver instrumentos (anzóis, arpões e a roda) que o auxiliam na realização das tarefas prementes à sua sobrevivência.

"O plano físico é o berço da evolução que o plano extrafísico aprimora.
O primeiro insufla o sopro da vida, cujas edificações o segundo aperfeiçoa.
A reencarnação multiplica as experiências, somando-as, pouco a pouco.
A desencarnação subtrai-lhes lentamente as parcelas inúteis ao progresso do Espírito e divide os remanescentes, definindo os resultados com que o Espírito se encontra enobrecido ou endividado perante a Lei.
Consolidada a incessante eclosão do fluido mental entre as duas esferas, começa para o homem novo ciclo de cultura.
Em verdade, a mente da era paleolítica mostra-se, ainda, limitada, nascitura, mas não tanto que não possa absorver, embora em baixa dosagem, as ideias renovadoras que lhe são sugeridas no plano superior.
Em razão disso, pela reflexão possível, aparece entre os homens, mal saídos da selva, a inteligência artesanal, instalando no mundo a indústria elementar do utensílio.
Por ela, o habitante do império verde encontra meios de efetuar com mais segurança velhos atos instintivos, utilizando o varapau para alongar o braço na colheita dos frutos dificilmente acessíveis, fabricando anzóis e arpões que lhe substituam os dedos na profundez das águas, burilando o sílex que lhe veicule a energia dos punhos e plasmando a roda que lhe poupe, de alguma sorte, o sacrifício dos pés."

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Reflexão das Ideias

Livro: Evolução em Dois Mundos
Autor Espiritual: André Luiz

Capítulo 13 - Alma e Fluidos


A partícula de pensamento pode ser comparada ao átomo, pois mesmo sendo uma unidade, subdivide-se em variados tipos, de acordo com as características dos componentes que o formam (quantidade, qualidade, comportamento e trajetória). A partícula de pensamento é uma força viva e poderosa por si só, mas é passiva frente aos sentimentos, que o configura para o bem ou para o mal.

A partícula de pensamento carrega consigo, além das emoções do indivíduo, as imagens das mentes que se comunicam por afinidade. Desta forma, os espíritos superiores transmitiam ideias de progresso aos desencarnados do planeta, que por sua vez as transmitiam aos encarnados da era paleolítica, permitindo assim, a difusão de novas ideias ao homem primitivo, descortinando novos horizontes ao mesmo.

"A partícula de pensamento, pois, como corpúsculo fluídico, tanto quanto o átomo, é uma unidade na essência, a subdividir-se, porém, em diversos tipos, conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetórias dos componentes que a integram.
E assim como o átomo é uma força viva e poderosa na própria contextura, passiva, entretanto, diante da inteligência que a mobiliza para o bem ou para o mal, a partícula de pensamento, embora viva e poderosa na composição em que se derrama do espírito que a produz, é igualmente passiva perante o sentimento que lhe dá forma e natureza para o bem ou para o mal, convertendo-se, por acumulação, em fluido gravitante ou libertador, ácido ou balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificador ou mortífero, segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável, à falta de terminologia equivalente, como "raio da emoção" ou "raio do desejo", força essa que lhe opera a diferenciação de massa e trajeto, impacto e estrutura.
Com o fluido mental carreiam-se, desse modo, não apenas as disposições mentossensitivas das criaturas, em atuação recíproca, mas também as imagens que transitam entre os cérebros que se afinam pela reflexão natural e incessante, estabelecendo-se as ideações progressivas que, originariamente vertidas dos Espíritos Superiores, transmitem aos desencarnados da Terra as noções de civilização mais apurada. E por essas mesmas entidades, em contato com as tribos encarnadas do paleolítico, semelhantes noções descem para o chão planetário, disciplinando as criaturas e ofertando-lhes novos horizontes à visão e ao entendimento.
Pela reflexão das ideias, surge, assim, entre as duas esferas entranhado circuito de forças."

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Centros Encefálicos

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos

André Luiz nos explica que os centros (chacras) coronário e cerebral atuam de forma conjunta e sincrônica na administração do corpo físico. A mente emite os pensamentos (que atuam como um fluido impregnado de sentimentos e desejos) que agem sobre o centro coronário (tendo o tálamo como seu representante principal no cérebro físico). O centro coronário age sobre o centro cerebral (cujo representante é o córtex encefálico) que repassa os estímulos aos órgãos e tecidos do corpo físico. O pensamento (ou fluido mental) é secretado pela mente e não pelo cérebro. Sua ação se estende além do cérebro e permeia todo o corpo físico da criatura organizando sua psicosfera (ou aura).

O fluido mental é ponderável e apresenta propriedades químicas e eletromagnéticas específicas, podendo ser mensurável como qualquer elemento químico presente no planeta. Em esferas superiores, podem ser realizadas diferentes combinações dos elementos que formam o fluido mental visando objetivos específicos.
"É, pois, em novo plano, a dividir-se em variados setores de ação e de luta, que a consciência desencarnada, agora relativamente responsável, vai conhecer o resultado de suas próprias criações na passagem pelo campo carnal, através dos reflexos respectivos em seu pensamento, — o fluido em que se lhe imprimem os mais íntimos sentimentos e que lhe define os mais íntimos desejos.
Com a supervisão dos orientadores divinos, associaram-se-lhe no cérebro o centro coronário e o centro cerebral em movimento sincrônico de trabalho e sintonia.
Por intermédio do primeiro, a mente administra o seu veículo de exteriorização, utilizando-se, a rigor, do segundo que lhe recolhe os estímulos transmitindo impulsos e avisos, ordens e sugestões mentais aos órgãos e tecidos, células e implementos do corpo por que se expressa.
E assim como o centro cerebral se representa no córtex encefálico por vários núcleos de comando, controlando sensações e impressões do mundo sensório, o centro coronário, através de todo um conjunto de núcleos do diencéfalo, possui no tálamo, para onde confluem todas as vias aferentes à cortiça cerebral, com exceção da vida do olfato, que é a única via sensitiva de ligações corticais que não passa por ele (1), vasto sistema de governança do espírito. Aí, nessa delicada rede de forças, através dos núcleos intercalados nas vias aferentes, através do sistema talâmico de projeção difusa e dos núcleos parcialmente abordados pela ciência da Terra (quais os da linha média, que não se degeneram após a extirpação do córtex, segundo experiências conhecidas), verte o pensamento ou fluido mental, por secreção sutil não do cérebro, mas da mente, fluido que influencia primeiro, por intermédio de impulsos repetidos, toda a região cortical e as zonas psicossomatossensitivas, vitalizando e dirigindo todo o cosmo biológico, para, em seguida, atendendo ao próprio continuísmo de seu fluxo incessante, espalhar-se em torno do corpo físico da individualidade consciente e responsável pelo tipo, qualidade e aplicação do fluido, organizando-lhe a psicosfera ou halo psíquico, qual ocorre com a chama de uma vela que, em se valendo do combustível que a nutre, estabelece o campo em que se lhe prevalece a influência.
Esse fluido ou matéria mental tem a sua ponderabilidade e as suas propriedades quimioeletromagnéticas específicas, definindo-se em unidades perfeitamente mensuráveis, qual acontece no sistema periódico dos elementos químicos, no plano terrestre, compreendendo-se que, em círculos da inteligência mais evoluída, surpreendentes combinações dos fatores conhecidos podem ser efetuadas com vistas a certos fins, como sucede atualmente na Terra, onde elementos como o netuno, o plutônio, o amerício e o cúrio podem ser artificialmente produzidos."

1. Devemos esclarecer que a via olfatória não passa pelo tálamo, contudo, mantêm conexões com alguns núcleos talâmicos através de fibras provenientes do corpo mamilar, situado no hipotálamo. (Nota do Autor espiritual)

terça-feira, 17 de maio de 2016

Esferas Espirituais

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos

André Luiz nos ensina que o plano espiritual é dividido em diferentes esferas, sob o ponto de vista de condições e características, e não do ponto de vista espacial. Numa analogia, ele compara as diversas camadas geológicas do planeta com as diversas esferas espirituais existentes.

 "Muitos comunicantes da Vida Espiritual têm afirmado, em diversos países, que o plano imediato à residência dos homens jaz subdividido em várias esferas. Assim é com efeito, não do ponto de vista do espaço, mas sim sob o prisma de condições, qual ocorre no globo de matéria mais densa, cujo dorso o homem pisa orgulhosamente.
Para justificar a nossa asserção, lembraremos, em rápida síntese, que a crosta terrestre, na maior parte dos elementos que a constituem, é sólida, mas conservando, aqui e ali, vastas cavidades repletas de líquido quente ou de material plástico.
Guarda o orbe grande núcleo no seio, e que podemos considerar como sendo plasmado num aço de níquel natural, revestido por grossa camada de rocha basáltica, medindo dois mil quilômetros, aproximadamente, de raio, no tope da qual, ali e acolá, surgem finas superfícies de rocha granítica, entre as quais a face basáltica está recoberta de água. Mais ou menos nessa superfície, reside a zona mais apropriada para indicar o limite do solo que é, consequentemente, o leito do oceano.
Temos, desse modo, os continentes do mundo, como ligeira película, com a propriedade de flutuar, à maneira de barcaças imensas, sobre o maciço basáltico, película essa que mantém a espessura de cinquenta quilômetros em média.
Encontramos, assim, na constituição natural do Planeta, desde a barisfera à ionosfera, múltiplos círculos de força e atividade na terra, na água e no ar, tanto quanto nos continentes identificamos as esferas de civilização e nas civilizações as esferas de classe, a se totalizarem numa só faixa do espaço."

sábado, 30 de abril de 2016

Vida na Espiritualidade

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos


"Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme, como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças, retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.
Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas.
As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação.
Ao longo dessas vastíssimas regiões de matéria sutil que circundam o corpo ciclópico do Planeta, com extensas zonas cavitárias, sob as linhas que lhes demarcam o início de aproveitamento, qual se observa na crosta da própria Terra, a estender-se da superfície continental até o leito dos oceanos, começam as povoações felizes e menos felizes, tanto quanto as aglomerações infernais de criaturas desencarnadas que, por temerem as formações dos próprios pensamentos, se refugiam nas sombras, receando ou detestando a presença da luz."

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Fluido Vivo

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos

Ao desencarnar, o ser humano passa a lidar com condições ambientais mais sutis e complexas, que lhe permitem maior potencial de ação co-criadora. Este potencial criador é realizado através da emanação de seu pensamento contínuo, em forma de um fluido. O espírito absorve do ambiente o fluido cósmico através de sua mente (em processo semelhante à respiração), o elabora com seu pensamento e emana o seu próprio fluido, que possui a capacidade de alterar as condições à sua volta; estando sob sua responsabilidade as consequências referentes à esta ação.
"No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico(1), absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a(2), sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.
Esse fluido é o seu próprio pensamento contínuo(3), gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado.
Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma diversa daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética(4).
O solo do mundo espiritual, estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência(5), corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza, porquanto, se o plano terrestre é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, medrar, florir e amadurecer em energia consciente, o plano espiritual é a escola em que a alma se aperfeiçoará em trabalho de frutescência antes que possa desferir mais amplos voos no rumo da Luz Eterna."
1. Fluido Cósmico: fluido elementar ou matéria primitiva que, por suas inumeráveis modificações e combinações com elemento material propriamente dito, produz as diferentes formas de matéria de que se compõe a infinita variedade das coisas.
2. Transubstanciação: transformação de uma substância em outra.
3. Pensamento Contínuo: pensamento constante, ininterrupto, que caracteriza a capacidade mental do homem, em oposição ao pensamento fragmentário (descontínuo), próprio dos animais irracionais. 
4. Estequiogenético: relativo às propriedades dos elementos biogenéticos, que envolvem o princípio segundo o qual todo ser vivo provém de outro ser vivo.
5. Quintessência: o mais alto grau de sutilização de uma substância.
(Fonte: Mesquita, J.M. 1984. Elucidário do Livro Evolução em Dois Mundos).

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Lei de Causa e Efeito

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 12 - Alma e Desencarnação

Ao desencarnar, a criatura passa a vivenciar a essência da lei de causa e efeito, encontrando em si mesmo os resultados positivos ou negativos das próprias ações. Reúne-se aos espíritos que comungam do mesmo destino, tanto para o sofrimento quanto para a vivência do amor.
"Encetando, pois, a sua iniciação no plano espiritual, de consciência desperta e responsável, o homem começa a penetrar na essência da lei de causa e efeito, encontrando em si mesmo os resultados enobrecedores ou deprimentes das próprias ações.
Quando dilacerado e desditoso, grita a própria aflição, ao longo dos largos continentes do Espaço Cósmico, reunindo-se a outros culpados do mesmo jaez, com os quais permuta os quadros inquietantes da imaginação em desvario, tecendo, com o plasma sutil do pensamento contínuo e atormentado, as telas infernais em que as consequências de suas faltas se desenvolvem, mediante as profundas e estranhas fecundações de loucura e sofrimento que antecedem as reencarnações reparadoras; contudo, é também aí que começa, sobrepairando o inferno e o purgatório do remorso e da crueldade, da rebelião e da delinquência, o sublime apostolado dos seres que se colocam em harmonia com as Leis Divinas, almas elevadas e heroicas que, em se agrupando intimamente, tocadas de compaixão pelos laços que deixaram no mundo físico, iniciam, com a inspiração das Potências Angélicas, o serviço de abnegação e renúncia, com que a glória e a divindade do amor edificam o império do Sumo Bem, no chamado Céu, de onde vertem mais ampla luz sobre a noite dos homens."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Revisão das Experiências

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 12 - Alma e Desencarnação

Ao desencarnar ou ao reencarnar, a criatura revisa automaticamente todas as experiências por ela vividas e imprime magneticamente nas células (do corpo físico e do perispírito) as diretrizes do novo ciclo de evolução que se inicia.

Este fenômeno é relatado também por pessoas que passam por experiências de quase-morte.
"De liberação a liberação, na ocorrência da morte, a criatura começa a familiarizar-se com a esfera extrafísica.
Assim como recapitula, nos primeiros dias da existência intrauterina, no processo reencarnatório, todos os lances de sua evolução filogenética, a consciência examina em retrospecto de minutos ou de longas horas, ao integrar-se definitivamente em seu corpo sutil, pela histogênese espiritual, durante o coma ou a cadaverização do veículo físico, todos os acontecimentos da própria vida, nos prodígios de memória, a que se referem os desencarnados quando descrevem para os homens a grande passagem para o sepulcro.
É que a mente, no limiar da recomposição de seu próprio veículo, seja no renascimento biológico ou na desencarnação, revisa automaticamente e de modo rápido todas as experiências por ela própria vividas, imprimindo magneticamente às células, que se desdobrarão em unidades físicas e psicossomáticas, no corpo físico e no corpo espiritual, as diretrizes a que estarão sujeitas, dentro do novo ciclo de evolução em que ingressam.
Acresce lembrar, ainda, como nota confirmativa de nossas asserções, que, esporadicamente, encarnados saídos ilesos de grandes perigos como acidentes e suicídios frustrados, relatam semelhante fenômeno de revisão das próprias experiências, também chamado visão panorâmica e síntese mental."

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Desencarnação Natural

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 12 - Alma e Desencarnação

O espírito, ao reencarnar e desencarnar, pratica as lições da vida, evoluindo paulatinamente, passando pelos diversos e diferentes níveis, desde as funções rudimentares das bactérias até o automatismo dos animais superiores.
"Por milênios consecutivos o homem ensaia a desencarnação natural, progredindo vagarosamente em graus de consciência, após a decomposição do corpo somático.
Recordando as anteriores comparações com o domínio dos insetos, a matriz uterina oferece-lhe novas formas e, assim como a larva se alimenta, assegurando a esperada metamorfose, a alma avança em experiência, enquanto no corpo carnal, adquirindo méritos ou deméritos, segundo a própria conduta, e entregando-se em seguida, no fenômeno da morte ou histólise do invólucro de matéria física, à pausa imprescindível nas próprias atividades ou hiato de refazimento, que pode ser longo ou rápido, para ressurgir, pela histogênese espiritual, senhoreando novos órgãos e implementos necessários ao seu novo campo de ação, demorando-se nele, à medida dos conhecimentos conquistados na romagem humana.
É assim que a consciência nascente do homem pratica as lições da vida, no plano espiritual, pela desencarnação ou libertação da alma, como praticou essas mesmas lições da vida no plano físico, pelo renascimento ou internação do elemento espiritual na matéria densa, evoluindo, degrau a degrau, desde a excitabilidade rudimentar das bactérias até o automatismo perfeito dos animais superiores em que se baseia o domínio da inteligência."

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Forma Carnal

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 12 - Alma e Desencarnação


Ao reencarnar os espíritos necessitam do acolhimento do útero materno para formar o novo corpo físico, levando-se em conta a questão da afinidade entre a mãe e o reencarnante. O novo veículo fisiopsicossomático é elaborado sob comando da mente do espírito, utilizando-se dos recursos orgânicos do óvulo fecundado. As células que formam o novo corpo se reproduzem de acordo com a orientação que lhes é imposta, refletindo as condições em que a mente desencarnada se encontra.
"Todavia, assim como o germe para desenvolver-se no ovo precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente térmico apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados, sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e, consequentemente, da herança, vaso esse a que se aglutinam, mecanicamente, e onde, conforme as leis da reencarnação operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução nos reinos inferiores da Natureza.
Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese (1), de conformidade com a orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra.
Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo."

1.  Cariocinese: Na biologia celular, chama-se cariocinese à divisão do núcleo celular. Consiste na última fase da mitose, que é o processo pelo qual o material genético de uma célula se divide entre duas células-filhas.