sábado, 19 de setembro de 2015

Linguagem Convencional

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 10 - Palavra e Responsabilidade

Estando formados os órgãos responsáveis pela fala, o homem aprende a constituição mecânica das palavras, a partir da força da mente que aciona os implementos da voz, com a assistência dos tutores espirituais que o amparam. A linguagem mímica e primitiva, que adquiriu em seu percurso pelo reino animal, é agora reforçada pela linguagem convencional, que o permite expressar suas emoções e adquirir a experiência dos que se encontram mais adiantados.
"Aprende então o homem, com o amparo dos sábios tutores que o inspiram, a constituição mecânica das palavras, provindo da mente a força com que aciona os implementos da voz, gerando vibrações nos músculos torácicos, incluindo os pulmões e a traqueia como num fole, e fazendo ressoar o som no laringe e na boca, que exprimem também cavidades supraglóticas, para a criação, enfim, da linguagem convencional, com que reforça a linguagem mímica e primitiva, por ele adquirida na longa viagem pelo reino animal.
A esse modo natural de exprimir-se por gestos e atitudes silenciosos, em que derrama as suas forças acumuladas de afetividade e satisfação, desagrado ou rancor, em descargas fluídico-eletromagnéticas de natureza construtiva ou destrutiva, superpõe a criatura humana os valores do verbo articulado, com que acrisola as manifestações mais íntimas, habilitando-se a recolher, por intermédio de sinalética especial na escala dos sons, a experiência dos irmãos que caminham na vanguarda e aprendendo a educar-se para merecer esse tipo de assistência que lhe outorgará o estado de alegria maior, ante as perspectivas da cultura com que a vida lhe responde às indagações."

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Intervenções Espirituais

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 10 - Palavra e Responsabilidade

No processo evolutivo da comunicação, o perispírito do homem primitivo habita por longo tempo em regiões espaciais próprias, recebendo finos ajustes no aparelho da fonação, possibilitando a utilização da palavra articulada, que marca novo ciclo de progresso.
"É assim que, atingindo os alicerces da Humanidade, o corpo espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob a assistência dos instrutores do Espírito, recebendo intervenções sutis nos petrechos da fonação para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso.
O laringe, situado acima da traqueia e adiante da faringe, consubstanciado num esqueleto cartilaginoso, urdido em fibras e ligamentos, com uma seleta de pequenos músculos, sofre, nas mãos sábias dos condutores espirituais, à maneira de um órgão precioso entre os dedos de cirurgiões exímios no serviço de plástica, delicadas operações no curso dos séculos, para que os músculos mencionados se façam simétricos e para que se vinculem, tão destros quanto possível, à produção fisiológica da voz.
Em sua contextura interna aglutina-se uma mucosa ciliada que se destina ao trabalho de lançamento do som e que verte pelos estreitamentos, transformando-se em pavimentosa-estratificada na borda livre das cordas vocais verdadeiras.
Fora da ação das cordas vocais, o laringe revela no pescoço movimentos de ascensão e descensão, elevando-se na expiração e na deglutição e baixando na inspiração, na sucção e no bocejar, salientando-se no corpo qual perfeito instrumento de efeitos musicais."

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Linguagem Animal

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 10 - Palavra e Responsabilidade

Com o desenvolvimento do cérebro, a comunicação tornou-se necessária e então surgiu a linguagem entre os animais, promovida pela espiritualidade superior responsável pelo desenvolvimento da vida no planeta. Inicialmente o fonema e a mímica se mostraram necessárias para a implantação da comunicação, contudo, à medida que o processo evoluía, novos recursos foram utilizados pelo princípio inteligente.
"Aperfeiçoando as engrenagens do cérebro, o princípio inteligente sentiu a necessidade de comunicação com os semelhantes e, para isso, a linguagem surgiu entre os animais, sob o patrocínio dos gênios veneráveis que nos presidem a existência.
De início, o fonema e a mímica foram os processos indispensáveis ao intercâmbio de impressões ou para o serviço de defesa, como, por exemplo, o silvo de vários répteis, o coaxar dos batráquios, as manifestações sonoras das aves e o mimetismo de alguns insetos e vertebrados, a se modificarem subitamente de cor, preservando-se contra o perigo.
Contudo, à medida que se lhe acentuava a evolução, a consciência fragmentária investia-se na posse de mais amplos recursos.
O lobo grita pelos companheiros na sombra noturna, o gato encolerizado mostra fúria característica, miando raivosamente, o cavalo relincha de maneira particular, expressando alegria ou contrariedade, a galinha emite interjeições adequadas para anunciar a postura, acomodar a prole, alimentar os pintinhos ou rogar socorro quando assustada, e o cão é quase humano, em seus gestos de contentamento e em seus ganidos de dor."

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Microcosmo Prodigioso

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 9 - Evolução e Cérebro

O sistema nervoso autônomo é organizado e regula a atividade das vísceras. Os neurônios especializam-se nas comunicações, como vias eletromagnéticas, entre o espírito (recebendo seus comandos) e o corpo físico (executando as ordens, atuando na preservação do organismo). Os neurônios se assemelham a estações receptoras e emissoras, trabalhando as energias mentais e atuando nos chacras e suas respectivas regiões fisiológicas.

O cérebro se configura como o centro de comando do espírito sobre o corpo físico, onde os chacras coronário e frontal se unem, facultando-o como aparelho de expressão de sentimentos e pensamentos.

"Com o tempo, a Direção Espiritual da Vida consegue enfim organizar, com mais eficiência, o sistema nervoso autônomo, regulando e coordenando as funções das vísceras.
Estruturam-se desse modo, primorosamente, a inervação visceral aferente e eferente e os centros coordenadores, os sistemas simpático e parassimpático e as fibras pré e pós-ganglionares de Langley, com os neurônios a edificarem vias eletromagnéticas de comunicação entre o governo espiritual e as províncias orgânicas.
Em todos os ângulos do cérebro, esse microcosmo prodigioso, células especiais permanecem sob o controle do espírito, assimilando-lhe os desejos e executando-lhe as ordens no automatismo que a evolução lhe confere.
Desde o grupo tectobulbar das fibras pré-ganglionares, saindo com os pares cranianos, tecidas com neurônios no mesencéfalo, protuberância e bulbo e incluindo os núcleos supraópticos, paraventriculares e a parede anterior do infundíbulo, até o grupo sacro, com neurônios localizados na medula sacra, nervos especiais funcionam como estações emissoras e receptoras, manipulando a energia mental, projetada ou recolhida pela mente, em ação constante, nos domínios da sensação e da ideia, em conexões e trajetos que a ciência do homem mal começa a perceber, atuando nos demais centros do corpo espiritual e nas zonas fisiológicas que os configuram no veículo somático, através de circuitos reflexos.
No diencéfalo, campo essencialmente sensitivo e vegetativo, parte das mais primitivas do sistema nervoso central, o centro coronário, por fulcro luminoso, entrosa-se com o centro cerebral, a exprimir-se no córtex e em todos os mecanismos do mundo cerebral, e, dessa junção de forças, o espírito encontra no cérebro o gabinete de comando das energias que o servem, como aparelho de expressão dos seus sentimentos e pensamentos, com os quais, no regime de responsabilidade e de auto-escolha, plasmará, no espaço e no tempo, o seu próprio caminho de ascensão para Deus."

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Visão e Audição

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 9 - Evolução e Cérebro

No processo evolutivo do sistema nervoso, se consolidam os sentidos da visão e da audição sob a orientação das Inteligências Sublimes. Além dos sentidos disporem de variados aparelhos e implementos, o cérebro se organiza em lobos diversos, permitindo a expansão futura da alma.

"O sentido da vista, admiravelmente fixado, passa a permitir a constituição das imagens dos objetos na retina, segundo um sistema dióptrico particular, aperfeiçoando-se as células receptoras da luz, cujo impulso nervoso alcança as vias ópticas, transportando as imagens captadas até à profundez do cérebro, onde a mente incorpora as interpretações que lhe são próprias e analisa-as, plasmando observações para o arquivo da memória e da experiência.
E a audição, alicerçando-se em órgão complexo, consolida-se no ouvido interno (protegido pelo ouvido externo e pelo ouvido médio), em que o tubo coclear, a dividir-se em três compartimentos, vai encontrar as células evoluídas dos órgãos de Corti e as fibras nervosas do acústico encarregadas de transmitir as vibrações sonoras que atingem o ouvido médio, em estímulos nervosos, a saírem através do nervo auditivo na direção da mente, que realiza a seleção dos valores atinentes às sensações de tom, intensidade e timbre, estabelecendo, em seu próprio favor, vasta rede de reflexos condicionados com expressão decisiva em seu desenvolvimento.
Sob a orientação das Inteligências Sublimes, cada sentido se instala em organização especial, formada de vários aparelhos e implementos. Também o cérebro integral se organiza em lobos diversos, com vasta margem de recursos para o futuro, quando a alma então nascente, em atividade instintiva na construção de seu próprio veículo, se erigirá em consciência desperta com capacidade de utilizar as vantagens potenciais que a Divina Sabedoria lhe oferta."

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Formação dos Sentidos

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 9 - Evolução e Cérebro

No processo evolutivo do sistema nervoso, os órgãos dos sentidos ganham maior aprimoramento nos animais superiores.
Surge primeiro o tato, através da especialização das células da pele e das terminações nervosas, que em constante comunicação com o cérebro garante a defesa do organismo. 
Posteriormente, são formados os chamados sentidos químicos, que são o olfato e o paladar. Estes sentidos também se tornam operacionais a partir da especialização e aprimoramento das células, tanto na esfera física quanto na esfera extrafísica.
"No corpo dos animais superiores, obra-prima de supervisão e construção dos Arquitetos do Espírito, no transcurso dos séculos, a consciência fragmentária acrisola(1), então, os sentidos.
Findo longo período de trabalho, afirma-se o tato, por sentido cutâneo essencial, a espraiar-se por toda a pele. Esta se converte em superfície receptora, com variadas terminações nervosas que se salientam por extrema complexidade, desde as arborizações simples até os corpúsculos especializados que se localizam dentro da derme, utilizando células especiais, em comunicação incessante com o cérebro, para que as sensações táteis constantes possam defender os patrimônios da vida.
Adestrada a atenção, o animal na esfera física e na esfera extrafísica elabora, por atividades reflexas, várias substâncias que lhe excitam os centros receptivos, definindo os chamados sentidos químicos, a culminarem no olfato e no gosto.
No epitélio olfatório, as células basais, as de sustentação e as olfativas, sobre as glândulas de Bowman(2), que se encarregam de fornecer o muco necessário à discriminação dos elementos odoríferos, operam a seleção das propriedades aromáticas das substâncias, e, no dorso da língua, na epiglote, na face posterior da faringe como no véu do paladar, os corpúsculos gustativos, guardando as células epiteliais de sustentação e as células gustativas, associados às pequenas glândulas salivares, fazem o registro das substâncias destinadas à nutrição."

1. Acrisolar: Atribuir melhores qualidades; tornar melhor, mais aperfeiçoado; aperfeiçoar.
2. Glândula de Bowman: glândula localizada na região da mucosa olfativa, no interior nasal.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Reflexos-Tipos

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 9 - Evolução e Cérebro

No processo evolutivo do sistema nervoso, os diferentes reflexos-tipos(1) (flexão, fásico, miotático, postural, segmentares e intersegmentares) são organizados e fixados no reino animal. Através destes reflexos, o cérebro, contando com os centros  vitais (chacras) coronário e cerebral, registram os inúmeros estímulos, consolidando as diferentes faculdades de percepção e resposta ao meio externo.
"Estabelecidos os centros nervosos em que se entrosam as forças fisiopsicossomáticas, os reflexos-tipos são organizadas no reino animal, fixando-se o reflexo de flexão, que consta da flexão de um membro atacado na superfície por estímulos de variadas origens, o reflexo fásico que interessa a defesa própria na remoção de estímulos perniciosos, o reflexo miotático a evidenciar-se na contração de um músculo quando responde à extensão de suas fibras, os reflexos posturais diversos e os múltiplos reflexos segmentares e intersegmentares, com os arcos que lhes são característicos, tanto na parte aferente como na eferente, preparando-se o veículo fisiopsicossomático do porvir em suas reações nervosas fundamentais.
Através deles, o encéfalo, conservando consigo o centro coronário e o centro cerebral, registra excitações inúmeras, para que as faculdades de percepção e seleção, atenção e escolha se consolidem."

1.  Reflexo: movimento coordenado mais simples que se pode executar, produzido por um impulso nervoso, como reação automática e involuntária a um estímulo exterior.

domingo, 6 de setembro de 2015

Fator de Fixação

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 9 - Evolução e Cérebro

André Luiz nos fala sobre um pigmento ocre (lipofuscina) presente no citoplasma dos neurônios, que ajuda a detectar a idade da célula, sendo que quanto mais lipofuscina presente, mais velha é a célula. Este pigmento apresenta estreitas relações com o corpo espiritual e que tem importante função na vida do pensamento. No mundo espiritual a lipofuscina é conhecida como "fator de fixação", pois age como que a encerrar a mente em si mesma, quando esta resiste às mudanças inerentes à dinâmica da vida. Ele nos explica que a ocorrência ou não de acúmulos de lipofuscina nos neurônios depende da atitude mental que cada um assume durante sua vida, agravando ou atenuando as doenças e a degeneração do sistema nervoso.

Há também nos neurônios os corpúsculos de Nissl (estruturas que atuam na síntese de proteínas) e que representam alimento psíquico obtido pelo corpo espiritual através da respiração, durante o sono físico, para restauração das células.
"Os neurônios nascem e se renovam, milhões de vezes, no plano físico e no plano extrafísico, na estruturação de cérebros experimentais, com mais vivos e mais amplos ingredientes do corpo espiritual, quando em função nos tecidos físicos, até que se ergam em unidades morfológicas definitivas do sistema nervoso.
Demonstrando formação especialíssima, porquanto reproduz mais profundamente a tessitura das células psicossomáticas, o neurônio é toda uma usina microscópica, constituído-se de um corpo celular com prolongamentos, apresentando o núcleo escassa cromatina e um nucléolo.
Acha-se o núcleo cercado de protoplasma em que há mitocôndrias, neurofibrilas, aparelho de Golgi, melanina abundante e um pigmento ocre, estreitamente relacionado com o corpo espiritual, de função muito importante na vida do pensamento, aumentando consideravelmente na madureza e na velhice das criaturas, além de uma substância, invisível na célula em atividade, a espalhar-se no citoplasma e nos dendritos facilmente reconhecível por intermédio de corantes básicos, quando a célula se encontra devidamente fixada; essa substância — a expressar-se nos chamados corpúsculos de Nissl, que podem sofrer a cromatólise — representa alimento psíquico, haurido pelo corpo espiritual no laboratório da vida cósmica, através da respiração, durante o repouso físico para a restauração das células fatigadas e insubstituíveis.
O pigmento ocre que a ciência humana observa, sem maiores definições é conhecido no mundo espiritual como fator de fixação, como que a encerrar a mente em si mesma, quando esta se distancia do movimento renovador em que a vida se exprime e avança, adensando-se ou rarefazendo-se ele, nos círculos humanos, conforme a atitude mental do Espírito na cota de tempo em que se lhe perdure a existência carnal."