segunda-feira, 14 de junho de 2021

Zonas Purgatoriais

Livro: Evolução em Dois Mundos
Autor Espiritual: André Luiz

Primeira Parte - Capítulo 16 - Mecanismos da Mente

Os espíritos que cometem delitos entram em processo de rememoração contínua de seus erros, devido à dor do arrependimento que domina sua mente, bloqueando certos núcleos energéticos que possam conduzi-los a estados positivos. Dessa forma, sua mente se isola e passa a ver e rever continuamente as ações delituosas, até que a culpa se esgote ou possa ser encaminhado à reencarnação. A consequência direta dessa atitude mental é a sintonia com outras mentes em igual estado, criando ambientes em que predominam a aflição e a dor, aglutinando centenas de espíritos que se encontram nesta faixa vibratória. Com a vivência contínua no sofrimento,  estes espíritos se habilitam lentamente ao reajuste necessário. É o que ocorre com os suicidas, por exemplo.

"Obliterados os núcleos energéticos da alma, capazes de conduzi-la às sensações de euforia e elevação, entendimento e beleza, precipita-se a mente, pelo excesso da taxa de remorso nos fulcros da memória, na dor do arrependimento a que se encarcera por automatismo, conforme os princípios de responsabilidade a se lhe delinearem no ser, plasmando com os seus próprios pensamentos as telas temporárias, mas por vezes de longuíssima duração, em que contempla, incessantemente, por reflexão mecânica, o fruto amargo de suas próprias obras, até que esgote os resíduos das culpas esposadas ou receba caridosa intervenção dos agentes do amor divino, que, habitualmente, lhe oferecem o preparo adequado para a reencarnação necessária, pela qual retornará ao aprendizado prático das lições em que faliu.

É dessa forma que os suicidas, com agravantes à frente do plano espiritual, como também os delinquentes de variada categoria, padecem por largo tempo a influência constante das aflitivas criações mentais deles mesmos, a elas aprisionados, pela fixação monoideica de certos núcleos do corpo espiritual, em detrimento de outros que se mantém malbaratados e oclusos.

E porque o pensamento é força criativa e aglutinante na criatura consciente em plena Criação, as imagens plasmadas pelo mal, à custa da energia inestancável que lhe constitui atributo inalienável e imanente, servem para a formação das paisagens regenerativas em que a alma alucinada pelos próprios remorsos é detida em sua marcha, ilhando-se nas consequências dos próprios delitos, em lugares que, retendo a associação de centenas e milhares de transviados, se transformam em verdadeiros continentes de angústia, filtros de aflição e de dor, em que a loucura ou a crueldade, juguladas pelo sofrimento que geram para si mesmas, se rendem lentamente ao raciocínio equilibrado para a readmissão indispensável ao trabalho remissor."

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