terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Terapêutica do Parasitismo da Alma

Livro: Evolução em Dois Mundos
Autor Espiritual: André Luiz

Primeira Parte - Capítulo 15 - Vampirismo Espiritual

A dinâmica do processo obsessivo se baseia na lei de ação e reação, sendo que as experiências vividas hoje retratam as experiências do passado. Se hoje temos inimigos desencarnados é porque no passado os ferimos e os prejudicamos. Dessa forma, a terapêutica adequada a estes casos é a reformulação interior, isto é, a educação e a sublimação de si próprio, demonstrando através do exemplo no bem que já não somos mais aquela pessoa do passado, levando os inimigos a se desarmarem para o mal, fazendo com que se transformem também. 

"Importa, no entanto, observar que todos os sofrimentos e corrigendas a que nos referimos estão conjugados para as consciências encarnadas ou não, dentro da lei de ação e reação que a cada um confere hoje o equilíbrio ou o desequilíbrio, por suas obras de ontem, reconhecendo-se também que assim como existem medidas terapêuticas contra o parasitismo no mundo orgânico, qualquer criatura encontra, na aplicação viva do bem, eficiente remédio contra o parasitismo da alma.

Não bastará, porém, a palavra que ajude e a oração que ilumina.

O hospedeiro de influências inquietantes que, por suas aflições na existência carnal pode avaliar da qualidade e extensão das próprias dívidas, precisará do próprio exemplo no serviço do amor puro aos semelhantes, com educação e sublimação de si mesmo, porque só o exemplo é suficientemente forte para renovar e reajustar.

A ação do bem genuíno, com a quebra voluntária de nossos sentimentos inferiores, produz vigorosos fatores de transformação sobre aqueles que nos observam, notadamente naqueles que se nos agregam à existência, influenciando-nos a atmosfera espiritual, de vez que as nossas demonstrações de fraternidade inspiram nos outros pensamentos edificantes e amigos que, em circuitos sucessivos ou contínuas ondulações de energia renovados, modificam nos desafetos mais acirrados qualquer disposição hostil a nosso respeito.

Ninguém necessita, portanto, aguardar reencarnações futuras, entretecidas de dor e lágrimas, em ligações expiatórias, para diligenciar a paz com os inimigos trazidos do pretérito, porque, pelo devotamento ao próximo e pela humildade realmente praticada e sentida, é possível valorizar nossa frase e santificar nossa prece, atraindo simpatias valiosas, com intervenções providenciais, em nosso favor.

É que, reparando-nos transfigurados para o melhor, os nossos adversários igualmente se desarmam para o mal, compreendendo, por fim, que só o bem será, perante Deus, o nosso caminho de liberdade e vida."

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