sábado, 30 de abril de 2016

Vida na Espiritualidade

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos


"Na moradia de continuidade para a qual se transfere, encontra, pois, o homem as mesmas leis de gravitação que controlam a Terra, com os dias e as noites marcando a conta do tempo, embora os rigores das estações estejam suprimidos pelos fatores de ambiente que asseguram a harmonia da Natureza, estabelecendo clima quase constante e quase uniforme, como se os equinócios e solstícios entrelaçassem as próprias forças, retificando automaticamente os excessos de influenciação com que se dividem.
Plantas e animais domesticados pela inteligência humana, durante milênios, podem ser aí aclimatados e aprimorados por determinados períodos de existência, ao fim dos quais regressam aos seus núcleos de origem no solo terrestre, para que avancem na romagem evolutiva, compensados com valiosas aquisições de acrisolamento, pelas quais auxiliam a flora e a fauna habituais à Terra, com os benefícios das chamadas mutações espontâneas.
As plantas, pela configuração celular mais simples, atendem, no plano extrafísico, à reprodução limitada, aí deixando descendentes que, mais tarde, volvem também à leira do homem comum, favorecendo, porém, de maneira espontânea, a solução de diferentes problemas que lhes dizem respeito, sem exigir maior sacrifício dos habitantes em sua conservação.
Ao longo dessas vastíssimas regiões de matéria sutil que circundam o corpo ciclópico do Planeta, com extensas zonas cavitárias, sob as linhas que lhes demarcam o início de aproveitamento, qual se observa na crosta da própria Terra, a estender-se da superfície continental até o leito dos oceanos, começam as povoações felizes e menos felizes, tanto quanto as aglomerações infernais de criaturas desencarnadas que, por temerem as formações dos próprios pensamentos, se refugiam nas sombras, receando ou detestando a presença da luz."

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Fluido Vivo

Evolução em Dois Mundos
Capítulo 13 - Alma e Fluidos

Ao desencarnar, o ser humano passa a lidar com condições ambientais mais sutis e complexas, que lhe permitem maior potencial de ação co-criadora. Este potencial criador é realizado através da emanação de seu pensamento contínuo, em forma de um fluido. O espírito absorve do ambiente o fluido cósmico através de sua mente (em processo semelhante à respiração), o elabora com seu pensamento e emana o seu próprio fluido, que possui a capacidade de alterar as condições à sua volta; estando sob sua responsabilidade as consequências referentes à esta ação.
"No plano espiritual, o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, a nascer-lhe da própria alma, de vez que podemos defini-lo, até certo ponto, por subproduto do fluido cósmico(1), absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanante do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a(2), sob a própria responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma.
Esse fluido é o seu próprio pensamento contínuo(3), gerando potenciais energéticos com que não havia sonhado.
Decerto que na esfera nova de ação, a que se vê arrebatado pela morte, encontra a matéria conhecida no mundo, em nova escala vibratória.
Elementos atômicos mais complicados e sutis, aquém do hidrogênio e além do urânio, em forma diversa daquela em que se caracterizam na gleba planetária, engrandecem-lhe a série estequiogenética(4).
O solo do mundo espiritual, estruturado com semelhantes recursos, todos eles raiando na quintessência(5), corresponde ao peso específico do Espírito, e, detendo possibilidades e riquezas virtuais, espera por ele a fim de povoar-se de glória e beleza, porquanto, se o plano terrestre é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, medrar, florir e amadurecer em energia consciente, o plano espiritual é a escola em que a alma se aperfeiçoará em trabalho de frutescência antes que possa desferir mais amplos voos no rumo da Luz Eterna."
1. Fluido Cósmico: fluido elementar ou matéria primitiva que, por suas inumeráveis modificações e combinações com elemento material propriamente dito, produz as diferentes formas de matéria de que se compõe a infinita variedade das coisas.
2. Transubstanciação: transformação de uma substância em outra.
3. Pensamento Contínuo: pensamento constante, ininterrupto, que caracteriza a capacidade mental do homem, em oposição ao pensamento fragmentário (descontínuo), próprio dos animais irracionais. 
4. Estequiogenético: relativo às propriedades dos elementos biogenéticos, que envolvem o princípio segundo o qual todo ser vivo provém de outro ser vivo.
5. Quintessência: o mais alto grau de sutilização de uma substância.
(Fonte: Mesquita, J.M. 1984. Elucidário do Livro Evolução em Dois Mundos).