domingo, 27 de dezembro de 2015

Monoideísmo e Reencarnação

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 12 - Alma e Desencarnação

O homem primitivo ao desencarnar não se ajusta ao meio espiritual e deseja firmemente seu retorno ao mundo corpóreo. Seu pensamento se fixa à esta ideia, gerando o monoideísmo auto-hipnotizante, levando à atrofia das células de seu corpo perispiritual, que se apresenta em formato ovoide (1). Esta forma ovoide ocorre a diversos desencarnados que se apresentam em profundo sofrimento e não conseguem se libertar das ideias de culpa. André Luiz entende que seria a expressão do corpo mental do ser, que encerra em si todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma, assim como ovo e a semente, que trazem a potencialidade de gerar novos seres.
"Ressurgir na própria taba e renascer na carne, cujas exalações lhe magnetizam a alma, constituem aspiração incessante do selvagem desencarnado.
Estabelece-se nele o monoideísmo pelo qual os outros desejos se lhe esmaecem no íntimo.
Pela oclusão de estímulos outros, os órgãos do corpo espiritual se retraem ou se atrofiam, por ausência de função, e se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo.
Em tais circunstâncias, se o monoideísmo é somente reversível através da reencarnação, a criatura humana desencarnada, mantida a justa distância, lembra as bactérias que se transformam em esporos quando as condições de meio se lhes apresentam inadequadas, tornando-se imóveis e resistindo admiravelmente ao frio e ao calor, durante anos, para regressarem ao ciclo de evolução que lhes é peculiar, tão logo se identifiquem, de novo, em ambiente propício.
Sentindo-se em clima adverso ao seu modo de ser, o homem primitivo, desenfaixado do envoltório físico, recusa-se ao movimento na esfera extrafísica, submergindo-se lentamente, na atrofia das células que lhe tecem o corpo espiritual, por monoideísmo auto-hipnotizante, provocado pelo pensamento fixo-depressivo que lhe define o anseio de retorno ao abrigo fisiológico.
Nesse período, afirmamos habitualmente que o desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovoide(1), o que ocorre, aliás, a inúmeros desencarnados outros, em situação de desequilíbrio, cabendo-nos notar que essa forma, segundo a nossa maneira atual de percepção, expressa o corpo mental da individualidade, a encerrar consigo, conforme os princípios ontogenéticos da Criação Divina, todos os órgãos virtuais de exteriorização da alma, nos círculos terrestres e espirituais, assim como o ovo, aparentemente simples, guarda hoje a ave poderosa de amanhã, ou como a semente minúscula, que conserva nos tecidos embrionários a árvore vigorosa em que se transformará no porvir."

1. Ver no livro “Libertação”, do mesmo Autor espiritual, recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, capítulos 6 e 7, observações sobre estas formas ovoides. — (Nota da Editora.)

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