quinta-feira, 2 de julho de 2020

Simbiose das Mentes

Livro: Evolução em Dois Mundos
Autor Espiritual: André Luiz

Primeira Parte - Capítulo 14 - Simbiose Espiritual

As associações de mentes entre encarnados e desencarnados assemelham-se aos processos de simbiose vistos na natureza. Desencarnados ainda amedrontados e confusos no plano espiritual aproximam-se dos familiares encarnados que abrigam-lhe as ideias, permitindo assim um consórcio mental, em que o desencarnado domina os pensamentos do encarnado e subtrai-lhe a vitalidade. O encarnado se acomoda a este processo e, de certa forma, encontra-se protegido do assédio de desencarnados ainda mais desequilibrados.

"Semelhantes processos de associação aparecem largamente empregados pela mente desencarnada, ainda tateante, na existência além-túmulo.
Amedrontada perante o desconhecido, que não consegue arrostar de pronto, vale-se da receptividade dos que lhe choram a perda e demora-se colada aos que mais ama.
E qual cogumelo que projeta para dentro dos tecidos da alga dominadores apêndices, com os quais lhe suga grande parte dos elementos orgânicos por ela própria assimilados, o Espírito desenfaixado da veste física lança habitualmente, para a intimidade dos tecidos fisiopsicossomáticos daqueles que o asilam, as emanações do seu corpo espiritual, como radículas alongadas ou sutis alavancas de força, subtraindo-lhes a vitalidade, elaborada por eles nos processos da biossíntese, sustentando-se, por vezes, largo tempo, nessa permuta viva de forças.
Qual se verifica entre a alga e o cogumelo, a mente encarnada entrega-se, inconscientemente, ao desencarnado que lhe controla a existência, sofrendo-lhe temporariamente o domínio até certo ponto, mas, em troca, à face da sensibilidade excessiva de que se reveste, passa a viver, enquanto perdure semelhante influência, necessariamente protegida contra o assalto de forças ocultas ainda mais deprimentes. Por esse motivo, ainda agora, em plena atualidade, encontramos os problemas da mediunidade evidente, ou da irreconhecida, destacando, a cada passo, inteligências nobres intimamente aprisionadas a cultos estranhos, em matéria de fé, as quais padecem a intromissão de idéias de terror, ante a perspectiva de se afastarem das entidades familiares que lhes dominam a mente através de palavras ou símbolos mágicos, com vistas a falaciosas vantagens materiais. Essas inteligências fogem deliberadamente ao estudo que as libertaria do cativeiro interior, quando não se mostram apáticas, em perigosos processos de fanatismo, inofensivas e humildes, mas arredadas do progresso que lhes garantiria a renovação."

Simbiose Exploradora

Livro: Evolução em Dois Mundos
Autor Espiritual: André Luiz

Primeira Parte - Capítulo 14 - Simbiose Espiritual

As simbioses exploradoras (ou parasitismo) são relações desarmônicas entre espécies diferentes, em que somente uma das partes se beneficia na busca de alimento, enquanto a outra é prejudicada. Existem inúmeros exemplos envolvendo tanto animais como vegetais.

"Contudo, além desses fenômenos em que a simbiose é simples e útil, temos as ocorrências desagradáveis, como sejam as micorrizas das orquidáceas, em que o cogumelo comparece como invasor da raiz da planta, caso esse em que a planta assume atitude anormal para adaptar-se, de algum modo, às disposições do assaltante, encontrando, por vezes, a morte, quando persiste esse ou aquele excesso no conflito para a combinação necessária.
Nesse acontecimento, como assinalou Caullery, com justeza de conceituação, tal simbiose deve ser capitulada na patologia comum, por enquadrar-se perfeitamente ao parasitismo.
Identificaremos, ainda, a simbiose entre algas e animais, em que as algas se alojam no plasma das células que atacam, como acontece a protozoários e esponjas, turbelários e moluscos, nos quais se implantam seguras."