quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Desencarnação Natural

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 12 - Alma e Desencarnação

O espírito, ao reencarnar e desencarnar, pratica as lições da vida, evoluindo paulatinamente, passando pelos diversos e diferentes níveis, desde as funções rudimentares das bactérias até o automatismo dos animais superiores.
"Por milênios consecutivos o homem ensaia a desencarnação natural, progredindo vagarosamente em graus de consciência, após a decomposição do corpo somático.
Recordando as anteriores comparações com o domínio dos insetos, a matriz uterina oferece-lhe novas formas e, assim como a larva se alimenta, assegurando a esperada metamorfose, a alma avança em experiência, enquanto no corpo carnal, adquirindo méritos ou deméritos, segundo a própria conduta, e entregando-se em seguida, no fenômeno da morte ou histólise do invólucro de matéria física, à pausa imprescindível nas próprias atividades ou hiato de refazimento, que pode ser longo ou rápido, para ressurgir, pela histogênese espiritual, senhoreando novos órgãos e implementos necessários ao seu novo campo de ação, demorando-se nele, à medida dos conhecimentos conquistados na romagem humana.
É assim que a consciência nascente do homem pratica as lições da vida, no plano espiritual, pela desencarnação ou libertação da alma, como praticou essas mesmas lições da vida no plano físico, pelo renascimento ou internação do elemento espiritual na matéria densa, evoluindo, degrau a degrau, desde a excitabilidade rudimentar das bactérias até o automatismo perfeito dos animais superiores em que se baseia o domínio da inteligência."

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Forma Carnal

Livro: Evolução em Dois Mundos
Primeira Parte - Capítulo 12 - Alma e Desencarnação


Ao reencarnar os espíritos necessitam do acolhimento do útero materno para formar o novo corpo físico, levando-se em conta a questão da afinidade entre a mãe e o reencarnante. O novo veículo fisiopsicossomático é elaborado sob comando da mente do espírito, utilizando-se dos recursos orgânicos do óvulo fecundado. As células que formam o novo corpo se reproduzem de acordo com a orientação que lhes é imposta, refletindo as condições em que a mente desencarnada se encontra.
"Todavia, assim como o germe para desenvolver-se no ovo precisa aquecer-se ao calor da ave que o acolha maternalmente ou do ambiente térmico apropriado, no recinto da chocadeira, e assim como a semente, para liberar os princípios germinativos do vegetal gigantesco em que se converterá, não prescinde do berço tépido no solo, os Espíritos desencarnados, sequiosos de reintegração no mundo físico, necessitam do vaso genésico da mulher que com eles se harmoniza, nas linhas da afinidade e, consequentemente, da herança, vaso esse a que se aglutinam, mecanicamente, e onde, conforme as leis da reencarnação operam em alguns dias todas as ocorrências de sua evolução nos reinos inferiores da Natureza.
Assimilando recursos orgânicos com o auxílio da célula feminina, fecundada e fundamentalmente marcada pelo gene paterno, a mente elabora, por si mesma, novo veículo fisiopsicossomático, atraindo para os seus moldes ocultos as células físicas a se reproduzirem por cariocinese (1), de conformidade com a orientação que lhes é imposta, isto é, refletindo as condições em que ela, a mente desencarnada, se encontra.
Plasma-se-lhe, desse modo, com a nova forma carnal, novo veículo ao Espírito, que se refaz ou se reconstitui em formação recente, entretecido de células sutis, veículo este que evoluirá igualmente depois do berço e que persistirá depois do túmulo."

1.  Cariocinese: Na biologia celular, chama-se cariocinese à divisão do núcleo celular. Consiste na última fase da mitose, que é o processo pelo qual o material genético de uma célula se divide entre duas células-filhas.